Desde que foi introduzida em 2016, a chamada Lei do Farol Aceso tem causado polêmicas e discordâncias entre a população e até mesmo personagens do espectro político. Enquanto uns argumentam que ela é só uma forma de arrecadar mais dinheiro, outros enxergam que é, sim, uma forma válida de tornar as rodovias mais seguras. Mas, mesmo depois de todos estes anos, muita gente ainda se pergunta: qual a razão por trás do farol ligado de dia nas rodovias?
Realmente, a lei foi sancionada com o objetivo de aumentar a segurança no trânsito, visando facilitar a visualização de veículos na pista até mesmo durante o dia. Muita gente pensa que, a não ser que você seja deficiente visual – o que, de qualquer forma, o impediria de ser motorista – a lei não faz tanta diferença assim. Surpreendentemente, ela faz! Vamos a alguns dados:
Segundo dados levantados já em 2017 pelo Detran/Acre, o farol aceso aumenta em 60% a visibilidade do veículo durante o dia, até mesmo em dias ensolarados, quando se recomenda que o motorista utilize o farol no facho baixo. Os números divulgados pela Polícia Rodoviária Federal são ainda mais expressivos: só no primeiro mês de aplicação da lei, a redução de colisões frontais em pistas simples foi de 36% e de atropelamentos, 34%.
Como Aristides Júnior, inspetor da PRF, reiterou, “se apenas uma morte for evitada, a lei dos faróis já está justificada”. No entanto, a aceitação da lei deixa de ser unanimidade entre os brasileiros e seus representantes políticos.
Para os opositores da lei, as rodovias se interligam com as demais vias e motoristas entram e saem delas livremente. Eles pontuam, também, que muitas vezes não há indicação do início ou fim de uma rodovia. Como resultado, condutores podem deixar de acender o farol no momento exigido, submetendo-se a eventuais multas.
No entanto, a PRF reafirmou sua posição favorável à lei em 2019, relembrando a redução significativa das mortes nas estradas desde que ela entrou em vigor.
Mas e você? O que pensa sobre o assunto?
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