Quais as principais diferenças entre direção hidráulica e elétrica?

Sabemos que, quando decidimos investir em um carro, aparecem inúmeras dúvidas e questionamentos, como: por qual marca optar, qual veículo possui melhor custo-benefício, sua classificação e preço na Tabela Fipe, avaliações de outros consumidores, dentre outros.

Além disso, no universo automotivo, uma das principais características que distinguem certos carros de outros é seu motor e se ele depende, ou não, de mecanismos mais complexos para auxiliar na locomoção, o que impacta nosso processo de decisão e, eventualmente, a compra.

Neste post, você descobrirá quais as principais diferenças entre direção hidráulica e elétrica, como a direção elétrica evoluiu e tornou-se o que é hoje, como chegou ao Brasil e, por fim, qual a melhor opção para você enquanto consumidor.

A Fiat como precursora da direção elétrica no Brasil

Apesar de parecer um conceito novo, carros elétricos foram inaugurados em 1897, na cidade de Nova York, através de uma frota de ‘táxis elétricos’ que chegou, em seu ápice, a ter 60 motoristas ao mesmo tempo. Alguns historiadores afirmam que a direção elétrica já vinha tornando-se popular desde o início do século XX, mas com os constantes conflitos que assolaram o mundo durante este período, a evolução de tecnologias não-bélicas só atingiu seu potencial máximo na década de 80

O primeiro carro comercial a ter direção elétrica, o Suzuki Cervo, foi lançado internacionalmente em 1988, mas no Brasil, curiosamente, a General Motors foi a primeira companhia a produzir um carro elétrico popular, chamado EV1, cuja linha tinha inicialmente somente 1.117 unidades. A partir de então, outras gigantes do mercado automobilístico passaram a investir em peso na área. No Brasil, a novidade foi trazida pela Fiat, que introduziu ao mercado nacional o clássico Palio brasileiro.

O Palio era similar ao Punto, que já vinha sendo utilizado na Europa continental, e que prometia substituir o sistema hidráulico de vez. A aposta foi tão bem sucedida que o Palio saiu de linha somente em 2018, após 22 anos em circulação. Durante as duas décadas em que foi comercializado, especialmente após a introdução da direção elétrica, ele teve 3 milhões de unidades vendidas, chegando até mesmo a desbancar o famoso Gol em 2014, comprovando o seu sucesso entre as massas.

As principais diferenças entre direção hidráulica e elétrica

Na direção hidráulica, um pistão divide a caixa da direção em duas câmaras. Logo, quando o motorista gira o volante, o óleo é liberado na caixa através de uma válvula; simultaneamente, a bomba circula o fluido hidráulico, que por sua vez movimenta o pistão. Isso faz com que a sensação de dirigir seja muito mais “leve” que em um carro mecânico.

A direção elétrica, por sua vez, não depende de óleo e pistões: a grande estrela da vez é o motor elétrico, que é ativado quando sensores indicam que o volante está sendo movimentado. Ele é um sistema elétrico independente, responsável por auxiliar o motorista a virar o volante e fazer manobras, automaticamente diminuindo o esforço físico necessário para realizar manobras e curvas.

Ambas têm, então, o mesmo propósito, mas a grande diferença entre as direções hidráulica e elétrica estão, simplesmente, no mecanismo utilizado para deixar a direção mais fluida. No caso da hidráulica, o volante fica mais maleável graças a uma bomba localizada na caixa de direção, responsável por fazer circular o óleo e auxiliar no movimento. Já na elétrica, que vem se tornando cada vez mais popular ao longo dos anos, tal maleabilidade se dá pela presença de um motor elétrico na caixa de direção.

Além disso, na direção hidráulica utilizam-se mangueiras, polias e correias, enquanto na elétrica não há nenhum tipo de acessório mecânico auxiliando o processo, o que facilita, por outro lado, a manutenção do veículo. Enquanto isso, a direção hidráulica exige a troca do óleo da caixa a cada 50 mil quilômetros atingidos, o que demanda maior cuidado, tempo e dinheiro.

Mas não para por aí! Existe também uma terceira opção que muitos desconhecem: a direção eletro-hidráulica, que é uma mistura dos dois sistemas previamente mencionados. Neste terceiro, ao invés de a bomba hidráulica ser ativada pelo motor do carro, um motor elétrico independente é responsável pela ação. Conforme a velocidade do carro aumenta, menor é a participação deste motor, unindo o melhor dos dois sistemas em um só. No entanto, assim como a direção hidráulica necessita de manutenção de tempo em tempo, o modelo híbrido também precisa ser avaliado periodicamente.

Qual a melhor opção?

Sem dúvidas, a direção elétrica tem se destacado, nos últimos tempos, como a opção mais rentável e vantajosa para o consumidor médio. Apesar de não oferecer tanta autonomia ao motorista quanto as direções mecânicas ou hidráulicas, ou quaisquer sistemas híbridos, ele gerencia a energia do carro de forma mais inteligente e exige menos do motor, garantindo maior durabilidade e a boa performance do veículo.

A experiência de direção no sistema elétrico também é melhor em diferentes velocidades, quando comparada à satisfação de pilotos de veículos com direção hidráulica. Carros com direção elétrica são, também, muito mais fáceis de ser manejados! Não são necessários acessórios mecânicos, como as clássicas correias e mangueiras, ou até mesmo fluido hidráulico. Além dos processos de manutenção serem simplificados, este modelo é mais sustentável.

Por fim, como o sistema elétrico é independente, ele não exerce força sobre o motor, tornando-se mais econômico no uso de combustível, cujo preço vem aumentando gradativamente nos últimos tempos. E, inevitavelmente, quando escolhemos investir em um novo carro, esses são pontos importantes que não podem ser negligenciados. Naturalmente, o valor do veículo também é um fator decisivo, mas é bom lembrar que, ao adquirir um carro com direção elétrica, porém mais caro, você evita a necessidade de realizar manutenções frequentes, que podem encarecer o veículo a longo prazo.

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